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08/10/2009 - Governo prevê nova terceirização da coleta

(Heliberton Cesca - Gazeta do Povo)

Mais de um mês depois do previsto, o governador Roberto Requião decidiu como o governo do Paraná fará o recolhimento de lixo no litoral durante a temporada de verão: novamente, uma ou mais empresas serão contratadas para fazer o serviço. A decisão desagradou aos prefeitos, que esperavam conseguir um acordo para assumir a responsabilidade. Eles queriam receber de graça o equipamento e uma ajuda extra para contratação de pessoal. O custo foi o fator determinante para, mais uma vez, a coleta de lixo ser repassada para o setor privado. Desde 2003, o governo vem terceirizando o serviço nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

A licitação, que terá três lotes, deverá ser feita até a metade deste mês. Pontal do Paraná, Paranaguá e Ilha do Mel fazem parte do lote 1. No lote 2 estão Guaratuba e Ma­­tinhos; Morretes e Antonina estão no lote 3. Paranaguá, Mor­retes e Antonina terão somente a coleta de lixo reciclável reforçada. Nos demais municípios, o governo deverá assumir a coleta total.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, explicou que será mais barato contratar empresas. “Em razão da crise financeira, não diminuímos investimentos, mas também não podemos criar novas despesas”, disse. Os gastos estimados para terceirizar a coleta são de R$ 5 mi­­lhões, mesmo valor pago no verão passado para a empresa Leão e Leão, contratada para atuar em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná. Porém, ao longo da temporada passada houve acúmulo de lixo em vários balneários. A empresa não deu conta da de­­manda e, segundo as prefeituras, não tinha itinerários organizados.

Para fechar o acordo com os prefeitos, Rasca previa investir cerca de R$ 10 milhões, o dobro do gasto com a terceirização. A maior parte deste recurso, R$ 8 milhões, seria usada para comprar 26 caminhões, além de roçadeiras, rastelos e material de segurança. No fim da temporada, os equipamentos seriam repassados para as administrações municipais. Outros R$ 2 milhões seriam usados para contratar cerca de 500 pessoas.

Reclamação

Os prefeitos das cidades litorâneas reclamaram da decisão. “O que eles pagam para outras, nós colocaríamos o nosso pessoal para trabalhar. No ano passado, a empresa que ganhou veio pedir a planta do município depois do Natal”, disse o prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes.

A prefeita de Guaratuba, Evani Justus, sugeriu que a licitação fosse direcionada para privilegiar a empresa que já atua na cidade, a Transresíduos. “Não adianta abrir uma licitação e trazer quem não conhece a nossa realidade”, justificou. “Teria de falar com o pessoal da licitação para saber se é possível incluir a exigência de que a empresa tenha conhecimento prévio da cidade e já tenha experiência.” O prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, foi procurado para co­­mentar o assunto, mas não retornou as ligações.




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