(Monitor Mercantil)

Chega ao mercado brasileiro uma máquina que utiliza tecnologia para identificar, coletar e compactar diversos materiais recicláveis. De origem norueguesa, a Máquina de Venda Reversa (RVM) vem para tentar conquistar mercado criado com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Susten Trading, representante exclusiva da marca Tomra no Brasil, afirma que cada equipamento recebe um tipo de programação para reconhecer qual resíduo será inserido e assim armazenado em diferentes compartimentos dentro da máquina, pronto para o transporte seletivo.

Quando o consumidor coloca os recicláveis, ele recebe um vale-desconto de volta. A máquina imprime um recibo com o valor que o consumidor tem a receber ou abater de sua compra no estabelecimento onde estiver instalada, como shopping ou supermercado.

"Como no Brasil não há a lei do depósito, as empresas podem associar sua marca a máquinas nos quiosques de coleta, premiando seus consumidores com descontos em seus produtos ou até programas de acúmulo de pontos", explica Felipe Kurc, diretor Comercial da Susten.

Utilizado em países que adotam a legislação de Depósitos de Sentido Único e que estabelecem um vale para cada engarrafado (vidros, latas, plásticos) que for comprado, a RVM aceita latas de alumínio e metal, garrafas tipo PET, plásticos, vidros e embalagens de produtos de beleza e de limpeza.

"Nosso objetivo é conscientizar os brasileiros sobre a importância da reciclagem, não só das latinhas, que já têm um índice altíssimo de reciclagem no Brasil, mas também de outros recipientes que os consumidores não sabem que são retornáveis. Esta ação pode reduzir os custos de energia água e também a redução de CO2 na atmosfera", afirma Kurc.

De acordo com a Política de Resíduos Sólidos, as empresas deverão estabelecer ações como o sistema de logística reversa, ou seja, diversos setores industriais deverão se responsabilizar pela destinação adequada para itens produzidos.

Em 2010 foram comercializadas sete máquinas em São Paulo com uma grande empresa de bebidas. A perspectiva para 2011 é chegar a outros estados, com um total de 100 máquinas em todo país, e previsão de faturamento R$ 850 mil. "A perspectiva para cinco anos é de crescer 45% ao ano", ressalta Felipe Kurc.