(Empresa Sustentável, redação EcoDesenvolvimento)
No início de 2010 a Coca-Cola chamou a atenção de consumidores e pessoas interessadas em sustentabilidade ao lançar a PlantBottle, primeira garrafa PET produzida com um terço de matérias-primas naturais. Agora é a vez da sua maior concorrente, a PepsiCo, apresentar uma garrafa feita com 100% de materiais naturais.
Grama switchgrass, casca do pinheiro-bravo e palha de milho são algumas das plantas usadas na fabricação da PET. No futuro, casca de laranja, batata, aveia e outros subprodutos agrícolas dos negócios alimentícios da própria companhia poderão integrar a lista de matérias-primas.
O visual é praticamente idêntico ao da garrafa tradicional, feita de plástico e responsável pelo uso de cerca de 17 milhões de barris de petróleo por ano, segundo dados de 2006 do Pacific Institute. De acordo com o vice-presidente sênior de pesquisas avançadas da PepsiCo, Rocco Papa, as garrafas também são iguais em quesitos como usabilidade, conservação e custo de produção.
Além de ser feito com matéria-prima totalmente renovável e natural, a garrafa é 100% reciclável. Para chegar a esse resultado, a Pepsi desenvolveu uma tecnologia capaz de criar uma estrutura molecular idêntica a do PET a partir de processos químicos e biológicos.
A empresa não informou o quanto foi investido em pesquisas para se chegar à tecnologia da garrafa, mas afirmou ter dezenas de pessoas trabalhando nesse projeto há anos. Para a diretora-executiva da empresa, Indra Nooyi, o novo material representa uma transformação para a companhia e para a indústria de refrigerantes como um todo.
"A PepsiCo está em uma posição única como uma das maiores empresas do mundo de alimentos e bebidas que utiliza subprodutos de origem agrícola do nosso negócio para a produção de uma garrafa ambientalmente preferível para as nossas bebidas - um modelo de negócio sustentável que acreditamos que traz à vida a essência da Performance com Propósito", diz Indra.
As garrafas deverão entrar em circulação em 2012 e a empresa pretende utilizá-la em larga escala. Aqui no Brasil ainda não há previsão de chegada da novidade, mas a filial brasileira não descarta a adoção do material em suas fábricas nos próximos anos. |