(Fernanda Leitóles)
Há dez dias os municípios do Litoral do Paraná estão sem coleta de lixo, fazendo com que os detritos se acumelem em frente às residências e do comércio. A causa do problema seria o atraso na licitação do lixo - na temporada, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) substitui as prefeituras pela responsabilidade do serviço.
Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, as empresas paranaenses apresentaram propostas apenas no pregão de 15 de dezembro. Nos pregões anteriores – de 18 de novembro e 4 de dezembro - não houve propostas. Além disso, ressalta Rodrigues, os valores apresentados pelas empresas concorrentes eram 10% acima do previsto pelo orçamento do estado.
"Não fomos nós que criamos essa situação. Tivemos que adotar essa medida emergencial em virtude do boicote nos pregões e pela situação em que se encontravam as cidades do Litoral”, afirma Rasca Rodrigues.
Com esse cenário, o governo estadual decidiu contratar em caráter emergencial, sem licitação, a empresa paulista Leão e Leão para recolher o lixo na temporada. O valor do contrato é de R$ 5 milhões, com validade de 78 dias. O valor engloba o trabalho de 600 funcionários e o aluguel de 40 caminhões.
Para o lote 1 (Pontal do Paraná e Ilha do Mel) o valor aproximado é de R$ 1,929 milhão, o lote 2 (Guaratuba) terá custo de cerca de 1,519 milhão e no lote 3 (Matinhos, Antonina e Morretes) o valor será de aproximadamente 1,555 milhão.
De acordo com Rodrigues, a empresa contratada começou a recolher o lixo na manhã desta segunda-feira (22) e a situação deve ser regularizada até quarta-feira (24).
Comércio reclama
A falta de coleta do lixo tem desagradado também os comerciantes. Na manhã desta segunda-feira (22), o presidente da Associação de Hotéis, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral), José Carlos Chicarelli, divulgou nota pedindo desculpas aos veranistas pela sujeira que se acumulava no Litoral.
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