(Adriana Czelusniak - Gazeta do Povo)
Os estudos para as obras de implantação do novo aterro de Curitiba e região metropolinana serão apresentados à população hoje, na Rua da Cidadania do Pinheirinho, em Curitiba, pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos. Outras audiências públicas foram feitas em Fazenda Rio Grande e Mandirituba. Os três municípios estão sendo analisados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e um deles deve ser escolhido para abrigar o novo aterro.
De acordo com o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, as audiências públicas fazem parte de qualquer processo de licenciamento e são a oportunidade que a população tem de tirar suas dúvidas. “As pessoas devem comparecer e colocar argumentações objetivas”, afirma.
O procurador de Justiça Saint-Clair Honorato Santos participou das audiências anteriores e disse não ter ficado satisfeito com os estudos técnicos apresentados. “Houve a contestação da qualidade do estudo de condições geológicas dos três locais. Vimos um estudo incompleto, em que faltaram pormenores”, afirma.
As possíveis falhas nos estudos são normais, segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto. “Já fui presidente do IAP e participei de outras audiências públicas. Os questionamentos são positivos e contribuem para termos melhores resultados”, afirma. Para Andreguetto, as pessoas devem estar presentes para conhecer e tirar as dúvidas sobre o processo, mas também para que percebam o quanto o novo aterro é importante. “Nós todos precisamos de uma nova área para dispor o lixo de 16 municípios, de três milhões de pessoas. O novo novo local vai aproveitar no mínimo 85% do lixo, e isso vai virar composto, biomassa (para a geração de energia), ou recicláveis”, diz. Questionado sobre o cronograma de implantação do novo aterro, que previa para o fim de janeiro a escolha do local que servirá de depósito e da empresa que vai assumir o serviço, o secretário afirmou que não havia como cumpri-lo. “O nosso cronograma previa que isso tudo estivesse pronto em agosto, mas tivemos cinco meses de atraso na licitação por causa das liminares da Justiça. Além disso, as audiências públicas, que iam ser feitas em dezembro, só puderam ser feitas agora. Então temos seis meses de atraso e dependemos do processo de análise do IAP”, afirma.
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