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10/12/2009 - Iguaçu recebe resíduo tóxico, diz IAP

(Aline Peres e Jorge Olavo - Gazeta do Povo)

O chorume formado no Aterro Sanitário da Caximba, em Curitiba, e que chega ao Rio Iguaçu foi motivo de uma notificação feita ontem pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) à prefeitura de Curitiba. Laudos da Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais (De­­pan) do IAP apontam que os níveis de toxicidade no rio superam os padrões estabelecidos pela legislação ambiental em 60 vezes. A prefeitura tem 15 dias para apresentar uma solução para o sistema de tratamento de efluentes produzidos a partir do lixo armazenado no aterro.

A medição é feita a partir dos efeitos da poluição em pequenos crustáceos que servem de alimento para peixes. A legislação permite, em água de rios, o fator 1 de toxicidade. O resultado obtido na coleta do IAP foi de 64. A coleta foi feita em cinco pontos do rio antes e depois do local do lançamento do chorume. O instituto determinou ainda que haja a coleta de água em todos os poços de captação na região para fazer o monitoramento da qualidade da água. Se for o caso, a Secretaria Municipal de Saúde também será comunicada para tomar as providências necessárias.

De acordo com o secretário mu­­nicipal do Meio Ambiente José Luiz Andreghetto, há duas semanas a prefeitura iniciou obras no aterro que devem “melhorar o nível de qualidade do chorume lançado nos cursos hídricos”. Ele defende que o trabalho feito na Caximba está dentro dos parâmetros traçados pelo IAP e pela Agência das Águas. “Nós temos análises feitas pela Universidade Federal do Paraná no ponto de lançamento do chorume que dizem que nós estamos enquadrados”, afirma Andreghetto. O secretário ainda disse que o esgoto mal tratado pela Sanepar é o grande responsável pela contaminação do Iguaçu.

Para amenizar o problema, a professora e doutora em saneamento da Universidade Positivo Selma Cubas conta que um projeto que prevê o uso de plantas para auxiliar no tratamento do chorume deverá ser implantado ainda no ano que vem. “Os índices altos são consequência de uma inadequação do aterro. A produção de lixo aumentou e o sistema não é capaz de processar a quantidade recebida atualmente”, avalia Selma.




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