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19/01/2010 - Lixo vai virar energia

(Maria Luisa Barros - O Dia)

Biogás produzido no Aterro de Gramacho será comprado pela Petrobras e levado para Reduc

Rio - Seis quilômetros de dutos subterrâneos vão transportar o biogás produzido no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho até a Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O acordo, assinado ontem entre a Petrobras e o governo do estado, vai garantir 1,5 bilhão de metros cúbicos de gás combustível para a refinaria pelos próximos 20 anos.

Em troca, a empresa pagará pelo uso do gás natural. Parte do dinheiro será depositado num fundo social de auxílio a 3 mil catadores e seus familiares que sobrevivem da reciclagem do lixo do aterro, além da recuperação de manguezais.

A operação, que só começa em 2011, evitará que 75 milhões de m³ de metano sejam lançados na atmosfera a cada ano. O metano é 21 vezes mais poluente que o monóxido de carbono, e o lixo emite este gás por mais de 15 anos depois de iniciada a decomposição da matéria orgânica. “Vamos atender 10% da demanda da Petrobras. Essa quantidade equivale ao consumo residencial do estado e daria para abastecer 20% da frota de veículos movidos a gás natural do estado”, afirmou o governador Sérgio Cabral.

A Petrobras não informou valores do negócio, por razões comerciais. Além do convênio com a empresa, as prefeituras do Rio e de Duque de Caxias vão receber créditos de carbono, pagos por empresas poluidoras em todo o mundo. Cada tonelada de gás que deixa de poluir o ambiente corresponde a um crédito de carbono, em torno de 11 euros. Em 15 anos, o valor chega a R$ 253,9 milhões. “O que era um problema passa a ser solução para a região, que esgotou a capacidade de receber resíduos sólidos”, disse o prefeito Eduardo Paes.

Aterro substituído por bosque

No lugar do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho será plantado um bosque. Os próprios catadores serão capacitados para reflorestar a área degradada pelo lixo. Os recursos virão do Fundo de Valorização, que deve arrecadar R$ 15 milhões só com a venda de crédito de carbono. Atualmente, apenas uma pequena parte do aterro está descoberta para que cerca de 800 catadores possam trabalhar. “A ideia é fazer com que ganhem uma profissão de soldador, pedreiro, eletricista e tenham chance de reconstruir suas vidas no mercado formal”, diz Paulo Mancuso, sócio da empresa Gás Verde, que detém a exploração da Usina de Biogás do Aterro.




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